A prorrogação da operação da Usina Termelétrica Candiota 3 até 2040 reacende as possibilidades de valorização e eventual venda da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), estatal responsável pelo fornecimento de carvão para a usina. A confirmação da extensão do contrato traz previsibilidade ao setor e fortalece o papel estratégico do carvão mineral nacional na matriz energética do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Segundo o presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, a segurança contratual cria condições para atrair interesse do mercado e discutir novos modelos de negócio, além de permitir que o Estado avance em uma transição energética planejada e responsável. A CRM, que não havia despertado apetite empresarial anteriormente por conta das incertezas contratuais, passa a ter um cenário mais favorável com a garantia de fornecimento de carvão no médio e longo prazo.
Zancan também reforça que as termelétricas a carvão seguem desempenhando um papel essencial na segurança do sistema elétrico, ao oferecer energia firme, estabilidade de frequência e potência, atributos que não podem ser substituídos apenas por fontes intermitentes. Ele destaca ainda que a evolução tecnológica já permite pensar em termelétricas com redução significativa de emissões, incluindo soluções como captura de carbono e novos usos industriais do carvão.
A matéria também aborda o potencial do carvão metalúrgico, utilizado na siderurgia, e a importância de ampliar o debate sobre o aproveitamento estratégico das reservas do Rio Grande do Sul, que concentram cerca de 89% das reservas brasileiras de carvão. Para a ABCS, o momento é de alinhar desenvolvimento econômico, inovação tecnológica e políticas públicas, garantindo que o carvão tenha um papel ativo e moderno dentro da transição energética nacional.
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